O assunto não é novo.
O Dr. João António Granada, entre outros, aborda a temática no seu trabalho, “Nazareth, Pederneira, Sítio Praia – para a história da terra e da gente” (1996), mas achamos este registo, que o mesmo autor também nota, apesar de não o transcrever na íntegra, merecedor de divulgação. Tudo isto sem prejuízo da grande quantidade de informação coeva sobre as Invasões Francesas nos registos paroquiais.
Aqui fica o que se transcreve sobre a morte de um soldado francês:
” Aos vinte e quatro dias do mes de Abril de mil outo centos e outo annos em o Hospital desta Villa da Pederneira freguesia de Nossa Senhora das Areias faleceu tendo recebido o Sacramento da Extremunção, e da Penitencia sub Conditione Baillaut* soldado Francês do Regimento N.º trinta e does do primeiro Batalham digo do terceiro terceiro Batalham, e primeira Companhia, foi seu corpo sepultado Na Misericordia do que fis este acento, que assignei. O Vigr.º Antonio Jose Ferr.ª”**
* E não “Baillant” como vem transcrito em GRANADA (1996:236). Sobre este assunto confira-se, também, os trabalhos do Dr. Saavedra Machado, Dr. Jorge Estrela que terão seguido, s.m.o., a narrativa de Almeida Salazar. Todas este autores encontram-se referenciados, sobre o mesmo assunto, no nosso trabalho “Alguns elementos sobre a Quinta de São Gião: Território, propriedade e moradores. Do séc. XIV ao séc. XX, edição Câmara Municipal da Nazaré, 2017.
** ADLRA, Livro de Óbitos da Freguesia da Pederneira, 1807, f. 6.