Existem uma série de registos que parecem evidenciar uma qualquer desavença entre a Irmandade e o Padre/Paróquia, posto que a Irmandade da Misericórdia ou não acompanhava os enterros na sua igreja ou não deixava que lá se efectuassem os mesmos, remetendo-os para a igreja Matriz da Pederneira.Este registo pode muito bem ser um exemplo desse litígio, cuja explicação haveremos de abordar futuramente.«Aos vinte e quatro de Dezembro de [1788] foi sepultada na Igreja da Misericórdia Luiza de Jesus, viúva, mulher que foi de homem do mar [não refere o nome do marido] e não a acompanhou a Irmandade da Misericórdia tendo obrigação disso, com todos os Sacramentos. E para constar fiz este assento que assinei no mesmo dia, era ut supra.»*
*Livro de Registo de Óbitos da Freguesia da Pederneira, 1788, imagem 38 (não tem folio numerado).