Era, segundo o registo que se seguirá, junto às pedras que eram tomadas as banhocas, pelo menos é o que o vigário, António José Serra, refere. Contudo, nem sempre com bom resultado mas, como se sabe, o problema não é do local mas das vicissitudes da costa ocidental portuguesa que, banhada pelo Atlântico, apresenta uma costa, geologicamente, bastante diferenciada, entre as arribas e as entradas em antigos espaços lagunares, como são exemplo, a zona de Aveiro, Figueira da Foz, Praia da Vieira, Paredes da Vitória, Pederneira, Lagoa de Óbidos e a ligação entre a ilha de Peniche e a plataforma continental, existe uma costa diferenciada, onde o acesso aos banhos estivais é de maior dificuldade.
Talvez tenha sido o fácil acesso à praia de banhos da Nazaré que possa ter permitido o rápido desenvolvimento do turismo nesse século que, como se sabe, não mais viria a diminuir até aos dias de hoje, mas é assunto diferente do que se pretende por aqui.
Assim, registe-se a menção ao óbito de um menor que morreu afogado junto às pedras.
«Aos trinta e hum dia do mez de Maio de mil oito centos e quarenta annos, pelas duas horas da tarde pouco mais ou menos, tendo hido banharsse no mar junto das pedras onde regularmente se tomão os banhos nesta Praia morreu afogado Mathias menor, filho de João Saramago Serrador, e Alexandrina Maria de fora, e moradores no Sitio, foi seu corpo sepultado no dia primeiro de Julho deste Corr[ente] anno: […]»*
*http://digitarq.adlra.arquivos.pt/viewer?id=1110095 (acedido em 20/8/2017)