Quim Rosa é mais do que um simples artesão; é um verdadeiro guardião da arte tradicional, cujas mãos criam não apenas figuras, mas também histórias e memórias que irão permanecer durante gerações.
Cada peça criada por Quim Rosa reflete a sensibilidade de um artista que conhece a importância do detalhe na representação da tradição popular. É o caso do presépio composto por “personagens” minuciosamente esculpidas e cenários que recuperam a essência de um momento sagrado.
O presépio de Quim Rosa não é apenas uma obra de arte, é, também, um elo entre o passado e o presente. Cada detalhe, seja a roupa de um pastor, a dinâmica que transmite às “personagens”, sem se esquecer do enquadramento cénico, reflete a visão de um mestre que sabe como preservar as raízes culturais, enquanto se permite inovar com a aplicação de novas técnicas e novos materiais.
Quim Rosa, na sua extensa obra, ensina-nos a importância da paciência, da dedicação, do amor e do respeito pelas tradições. Ele é, sem dúvida, um exemplo de dedicação e paixão pela arte manual.
Hoje, queremos reconhecer e celebrar Quim Rosa, não apenas como mestre artesão, mas como um verdadeiro artista que perpetua, com a sua arte, o saber-saber, o saber-fazer que se transmite, com toda a certeza, aos que conhecem a sua arte e aos mais novos que a irão conhecer.
O seu presépio é mais do que uma obra de arte; é um presente para todos nós, um convite à reflexão e à celebração da vida, da fé e da arte.
Ficam duas fotos, das muitas que captei, como testemunho deste extraordinário trabalho que está exposto nos Tanques, Sítio da Nazaré, até dia 6 de Janeiro.
Não deixem de visitar.