Um amigo meu enviou-me um email com esta gravura que retrata um tal de Manuel Guincho, pescador, da autoria de Paul Girol.
Enviou-me e perguntou-me quem era este Manuel Guincho, talvez porque saiba que esse é o meu último apelido e que tenho como passatempo andar “atrás” dos meus antepassados.
Na verdade, não lhe consegui responder à pergunta.
O meu bisavô chamava-se Manuel Guincho Repolho (este último de alcunha), era proprietário de terras de semeadura no Sítio, pescador e, também, proprietário de uma taberna num seu edifício que se localizava junto ao chamado Suberco do Maneta, no Sítio da Nazaré.
Mas não podia ser este o tal Manuel Guincho, posto que o meu bisavô faleceu em Peniche no ano de 1948, dez anos antes da gravura em causa.
Nada mais posso acrescentar, nem dar resposta ao meu amigo, a não ser que o apelido Guincho encontra-se espalhado pela Nazaré, por Peniche, enfim pelos locais para onde derivaram os descendentes desta família.
A importância desta gravura será, talvez, o traço de Paul Girol e o seu contributo para a memória de um povo que outrora vivia, quase exclusivamente, do que o mar lhe “dava”, ainda que as pequenas hortas lhes servissem de apoio em tempos de escassez do pescado.
Depois veio o turismo, o abate às licenças de embarcações de pesca tradicional, a redução das quotas de pesca.
Gravura: Espólio C.E.N., a quem agradecemos.