Romancista e jornalista francês (1885-1970), fez pesar sobre os seus romances uma fatalidade e uma solidão que não encontram contrapartida na sua atividade jornalística, conduzida frequentemente como um combate, em jornais como Le Figaro e L’Express. De entre os seus romances destacam-se Thérèse Desqueyroux (1927), Le Noeud de vipères (1932), Le Sagouin (1951) e Un Adolescent d’autrefois (1969). As suas obras abrangem ainda poemas (Les Mains jointes, 1909), ensaios (Ce que je crois, 1962) e peças de teatro (Les Mal-Aimés, 1945). Foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura em 1952.[1]
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François Mauriac
falou assim da Nazaré:
A Nazaré parece-se com o seu nome, e o mar que a banha, é bem um lago por onde Cristo passou.
Este povo de Pescadores, vestido de policromos tecidos de lã, impele os seus barcos para as ondas, lança as suas rêdes, como sob, a ordem de um Mestre invisível.
Eu não creio que se possa sofrer na Europa uma impressão de desnorteamento tão viva como a que se sente nesta vila queimada pelo sol, entre este povo bíblico: encontrei-me de repente fora do tempo.
Há outras maravilhas em, Portugal; mas a Nazaré é a minha mais estranha recordação.[2]
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Fontes:
[1] Porto Editora – François Mauriac na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-05-20 21:21:02]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$francois-mauriac
[2] In Jornal A Província, Ano I, N.º 22, 1955, p. 6.
Foto: François Mauriac redux – François Mauriac – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)