Com a ajuda de alguns amigos, em particular do Silvano Bem, hoje podemos ter 99,99% de certeza que o “Chalet Salvadora” ainda continua no local onde foi construído inicialmente.
Naturalmente que as alterações que foi sofrendo ao longo dos anos, e as várias utilizações que foi tendo, transformaram a sua arquitectura, adaptando-a às funções e necessidades que, paulatinamente, iam sendo “pensadas”.
Trata-se de um processo absolutamente normal, seja em casas para habitação, espaços comerciais e até igrejas (note-se nas várias transições/cronologia dos estilos arquitectónicos destes espaços: românico, gótico, barroco…etc).
No entanto, o que importa neste caso, é que apesar do tempo, conseguimos identificar e “ligar” o edifício actual com o da gravura dos princípios do século XX. E é isto que, na nossa opinião, é extraordinário.
Esta é, por ventura, a prova provada que podemos manter a “identidade” de um qualquer edifício sem o demolir por completo, reaproveitando a sua essência, a sua história, a sua identidade, ainda que no seu interior o programa arquitectónico sofra as alterações necessárias para a função que se pretende dar ao mesmo.
Isto tem, talvez, um pouco a ver com um tema que importa ter em conta: a relação entre o “Progresso e a Identidade Cultural”, tema já por mim abordado em 2012 (ver link).
Por último um agradecimento a todos os que colaboraram nesta, talvez simples, análise.
https://www.researchgate.net/publication/336642130_O_Progresso_e_a_Identidade_Cultural