Já vai longe o ano de 1807 mas, na nossa opinião, será sempre importante contribuir para a “colocação” de mais uma peça no puzzle da história da Nazaré, neste caso para a história eclesiástica.
Nesse sentido, dada a importância do Culto a Nossa Senhora da Nazaré, não será demais contribuir com alguma informação, nem que seja no âmbito de uma cronologia de algumas pessoas que àquele Santuário estiveram ligadas, como é o caso do Reverendo e, posteriormente, Reitor, António José Baptista de Leão.
Aos trinta dias do mês de Março de mil oito centos e sete anos em esta Igreja Parochial e Collegiada de Nossa Senhora das Areias da Villa da Pederneira Baptizei Solenemente o Reverendo Manuel Jeronimo Pereira meu Coadjutor a Antonio, que nasceu aos vinte dias do sobre dito mes, e anno filho legitimo de Victorino Jose da Rosa e de d’ Maria de Jesus baptizados, recebidos n’esta freguesia, neto pela parte paterna de Henrique Antunes da Rosa, e Thereza de Jesus desta freguesia, e pela Materna de Antonio d’Azevedo Lancha e d’Josefa do Sacramento aquele da freguesia de Santo André da villa da cella, e esta desta freguesia, foi Padrinho o Reverendo Antonio Jose Baptista de Leão Reitor da Igreja de Nossa Senhora da Nazareth desta freguesia tocou por elle e com Procuração, Manuel Lopes seu irmão, Madrinha Claudina Maria de Jesus tocou com Procuração sua carlos do Coração de Maria irmão da dita de que fiz este acento que assignei. Declaro que não recebeu os Santos OleosO vigário António José Ferreira
**ADLRA – Paróquia de Nossa Senhora das Areias, Pederneira, Livro de Batismos, Ano de 1807, f. 182v.
Nota: António José Baptista de Leão terá sido nomeado Reitor «em 19 de Setembro deste ano [1797], por impossibilidade de servir o actual reitor, Pe. Bento Marques Pereira» in A.A.V.V. Santuário da Senhora da Nazaré, Apontamentos para uma cronologia (de 1750 aos nossos dias), Coordenação, Pedro Penteado, Editores: Edições Colibri/Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, Outubro, 2002, p. 85. Ainda sobre o mesmo António José Baptista de Leão, confira-se a obra acima, pp. 84 e 93.